Paledriver

Livro | Todos os Belos Cavalos | 1992 | Cormac McCarthy

Cormac mais uma vez nos leva em uma viagem ao inferno, mas, diferente do Meridiano, aqui o viajante volta e, ao invés de enfrentar um Juiz que o destroça, encontra um que o acolhe com doçura e ouve sua confissão.

Menos marcante que outros, mas ainda assim com cenas que tiram o fôlego (a recuperação do cavalo de Blevins, a morte de Blevins, a doma dos cavalos selvagens, a luta no presídio, a separação de Rawlins, o retorno para a fazenda, o sequestro do capitão), as poderosas descrições dos caminhos e dos diálogos (com o poderoso prisioneiro, com a velha senhora), Cormac também capricha aqui na prosa poética, na metafísica, nos efeitos que a solidão e as ausências geram no homem.

O que não me pegou muito foi o romance com Alejandra.

Mais um muito bom livro dele, mas duas prateleira abaixo de Meridiano de Sangue e uma abaixo de A Estrada e Onde os Velhos Nao Tem Vez